quarta-feira, 21 de março de 2012

Ao mestre, com carinho. Saudações de uma eterna aluna.

Aos/Às mestres/as com carinho, muito carinho.
Saúdo aos/às meus/minhas professores/as que tanto me ensinaram e sem exagero, alguns mudaram minha vida em alguns aspectos que mudaram outros e acabaram mudando quase tudo em mim. A estes/as, meu carinho. Merecem muito mais. Merecem muito mais mesmo. 
Tia Ester na Ed. Infantil, IERJ. Lembro que era calma e nos convidou, a mim e a minha família para participar de algum evento, não lembro qual, mas sei que nós fomos. Esta ia além dos muros da escola, foi o que ficou.
Tia Helena, antiga 1ª série, IERJ. Era um doce de pessoa e sensível, lembro dela chorando, lamentando algo com uma outra professora...
Tia Marilene, antiga 3ª série, CIEP Nelson Mandela. Esta me marcou porque era engraçada, ensaiava os alunos para as peças e representava também, morríamos de rir... E me marcou também, pois tudo nesta escola me marcou demais para o bem. Saudades, muitas, dos 2 anos que estive ali.
Prof. Pedro, antiga 5ª série, Geografia, Escola Jair Tavares. Me fez entender o que era magma e península! Eu não esqueci dessa aula. Era engraçado e parecia gostar do que fazia.
Prof. Ester, Português ainda na 5ª série. Lembro perfeitamente do seu exemplo para nos explicar o uso da vírgula: "perdoei, não mate" diferente de "perdoei não, mate." Era bem baixinha, sempre bem maquiada e arrumada.
Prof. Miguel, antiga 7ª série, Matemática,  Escola Jair Tavares. Excelente! ele olhava para a turma e todos calavam (conversávamos bastante). Era alto, tinha uma figura imponente, impunha respeito naturalmente. E como sabia, meu Deus! Como ele sabia explicar matemática. Certa aula eu conversava um bocado e ele me chamou a atenção depois e eu disse que iria tirar 10 em sua prova. Tirei o 10. Ele como um grande professor, gostou de ter "perdido" o desafio.
Prof. Alexandre, antiga 8ª série, Ciências, Escola Rio de Janeiro. Engraçadíssimo, extrovertido, suas aulas eram prazerosas. Tirei 10 ou 9,0  logo na primeira prova, sendo recém-chegada à escola. Foi uma ótima impressão...rs. Dele, ouvi pela primeira vez que em Ciências, nunca deveríamos marcar como correta uma questão de prova onde houvesse as palavras "sempre" ou "nunca", pois nada era tão absoluto nesta matéria. Aprendi sobre prótons e nêutrons.
Prof. Cláudia, 1º ano do Ensino Médio, História, CEAPJ. Sem comentários!! Excelente. Nessa aula comecei a escrever sem parar, porque ela falava sem parar! Explicava maravilhosamente bem, contando história... Aprendi a amar História, não me interessava em aprofundar-me devido às preocupações fúteis da adolescência (hoje julgo assim), perdi foi tempo... que pena.
Prof. Delaídes, 2º ano do Ensino Médio, Turismo, CEAPJ. Dedicada. Na época, eu achava que ela era meio doida...rs. Descobri depois que era professora de Geografia mas lecionava para nossa turma Turismo, a matéria técnica na qual estávamos nos especializando. Ela era prática e informada, suas aulas eram engraçadas, buscava sempre um jeito novo de passar a matéria. Aprendi a emitir bilhetes aéreos.
Prof. Fortunato, 2º ano do Ensino Médio, Filosofia, CEAPJ. Ele era demais! Engraçado e ativo, tentava trazer a matéria para o nosso contexto, o que a deixava menos chata para mim, eu detestava Filosofia, mas gostava das aulas dele, ou do seu método de ensino. Ele parecia amar o que fazia. Aprendi sobre René Descartes, "penso, logo existo".
Prof. Ronaldo, 1º período, Ensino Superior, curso de Turismo. O que me chamou a atenção neste professor era a segurança com que falava, o domínio da matéria, História da Cultura. Me apaixonei por aquilo que eu desejava, mas não conseguia alcançar, aprendia, mas só para fazer uma boa prova. Chegamos a reunir com os alunos, pois ele usava palavras muito rebuscadas e nem todos conseguiam acompanhar as aulas. Ele teve muito boa vontade e sempre que "caprichava" demais, traduzia os termos para nós. rs. Lembro de Taylor e Franz Boas, só dos nomes. Mais tarde iria me apaixonar novamente, nas aulas do Cleinton.
Prof. Bíblia! Nela tomei gosto pela leitura, onde nutri uma vontade incontrolável de estudar e ler, precisava entender os mistérios que nela continha. Precisava estudar e esquadrinhá-la. Tentava me remeter ao seu tempo, mas só conseguia ver o meu. Ah, Bíblia, precisa me fazer ir tão longe...?!
Prof. Edson Martins, EBD, classe de jovens da IBMC. Este merece um espaço bem elaborado aqui. Excelente. O fato de ser um cristão sério, um baita profissional e super estudioso, o fez referência no início e meio da minha caminhada cristã. Era um prazer ouvi-lo aos domingos e uma raiva não conseguir ter acesso a ele... sobre o que eu poderia conversar, além de fazer perguntas?! Grande professor.
Prof. Osvaldo, 1º período de Teologia, Epistemologia. Surreal! Um excelente professor, comprometido com o ensino, com a verdade, com o que se propôs a ensinar. Me deixou maluquinha lendo Edgar Morin, a cada dez palavras lidas somente duas eu entendia...rs. Ainda me deixo enlouquecer, pois o leio até hoje e ainda não consegui aprender grande parte de seus ensinos. Dele, ouvi pela 2ª vez que em Ciência, nada é verdade absoluta. A parte dele, creio, foi bem feita... cá estou: buscando estudar mais e mais. A minha, certamente, ainda está muito incompleta. Aprendi mais sobre amar as pessoas.
Prof. Cleinton, 1º e 2º períodos de Teologia, Antropologia e Sociologia. Sem palavras nem comentários... Espírito jovem, franco, cheio de força e vigor e apaixonado pelo que fazia, era tão nítido que nos fazia apaixonar também, uns gostaram, outros nem tanto. Eu amei! Antropologia mais ainda! Despertou mais e mais meu gosto pela leitura, além da Bíblia.
Prof. Dionísio, 2º e 3º períodos de Teologia, NT I e II. Lindo. Suas aulas eram um bálsamo para mim, muito boas e tranquilas. Muito bom professor, explicava divertidamente bem, nos fazia caminhar nas ruas com as personagens das quais falava/ensinava. Ai, que saudade do Seminário!
Prof. Celeste, 1º período de Teologia, Português. Lindíssima! Doce, incentivadora. Amei suas aulas pelo privilégio de ouvi-la, já que não estudávamos gramática. Ela disse, acerca de uma resenha que fiz, que eu escrevia bem... vindo dela, fiquei toda boba. rs. Queria que ela corrigisse minha Monografia... ao menos lesse e desse seu veredito.
Prof. Leonir,  4º  período de Teologia no Betel, Discipulado. Alguém que toca fundo, profundo. Comprometido e sincero. Busca viver e fazer o melhor que pode para não ser só mais um filho de Deus, mas um real filho de Deus, prega o que vive e ensina com a vida. Um grande professor e discipulador, meu atual pastor.

Minha gratidão a vocês. 

sábado, 17 de março de 2012

EUA, não. Fico aqui, Brasil.

Geralmente me abstenho de ler notícias, elas são terríveis, dolorosas. Revolto-me demais com algumas dessas notícias e um exemplo é a que acabo de ler (link), que retrata um dos tantos problemas dos EUA. Lá ainda se fala em população negra e população branca e isso com um tom separatista, ainda. Aqui no Brasil, o lance acontece sim, mas acho que é mais ameno, acho, só acho, não estudei nem pesquisei para ter certeza disso.
Escolas públicas nos EUA, vemos nos filmes: a garota que quer ser a mais popular da escola, o galãzinho, o brabo que quer pegar o novato e os mais "tímidos" na saída, brigas, canivetes, armas, tráfico de drogas e consumo, desrespeito. Não sei se isso é geral, mas é o que se vê na ficção e acho que é reflexo do que acontece realmente, assim como aqui, fora os filmes pornográficos brasileiros, o cenário de violência retratado se identifica com nosso meio urbano. 
A notícia diz que famílias negras estão optando por educar seus filhos em casa, o chamado home schooling (educação domiciliar), porque a escola tem oferecido muito perigo. São infindos os motivos e consequências disso e não vou mapeá-los.
O que me entristece e muito é perceber que, lá como aqui no meu país, negros ainda sofrem as consequências da maldade executada há anos, muitos anos atrás, quando os levaram/trouxeram de suas terras para serem escravos ali/aqui.
Infelizmente, aqui, a maioria da população negra não pode pagar os estudos dos filhos e como suas mães e pais trabalham, não podem, obviamente ensiná-los em casa, fazer um trabalho de casa já é difícil! E aqui não temos ensino via internet reconhecido e poucas destas pessoas teriam acesso a internet em casa para cumprir o currículo escolar.
Não, não interessam políticas que introduzam o negro Cotas não são suficientes!!!!! Aqui no Brasil precisamos de melhores escolas para que TODOS possam ter um ensino de qualidade, ir à escola com prazer, respeitar e ser respeitado/a por seus/suas professores/as felizes por fazerem parte de um bom sistema de educação e por verem os resultados de seus esforços e trabalho.
É, problema com negritos/as ("eu sou neguinha!") em todos os lugares onde foram/fomos escravos/as um dia, países desenvolvidos ou não. Aliás, os EUA não deveria ser considerado desenvolvido até que esta questão fosse resolvida, isso deveria estar na lista de quesitos para adquirir o selo de "desenvolvido". Já o Brasil, não é mesmo e mesmo assim, prefiro os problemas daqui, ficar por aqui e resolver por aqui. De lá, bastam as más notícias.

sábado, 10 de março de 2012

Joga a velha fora?!

Certo dia, "apreciando" outdoors da cidade, deparei-me com a mensagem "joga a velha fora". Trata-se de uma promoção/campanha do Jornal Meia Hora que, através da troca de selos, disponibiliza utensílios de cozinha como panelas, baixelas, etc.
Ridículo! Achei uma grande falta de respeito. Pode-se dizer que o slogan da campanha é para estar de acordo com a "irreverênia" e humor típico deste Jornal. Eu o li pouquíssimas vezes e detestei, é irreverente até demais, os textos são pobres, usam uma linguagem grosseira, as notícias também não acrescentam, uma mistura de futilidade (que infelizmente não é exclusividade deste) com assuntos importantes que são tratados da mesma forma que as futilidades. Na minha opinião este tipo de publicação não faria falta alguma, não é nada instrutivo, ainda mais para um povo como nós, brasileiros, carentes de leitura e boas notícias em todos os sentidos da palavra.
Ridículo porque, quem olha a imagem da campanha verá uma linda silhueta firme e "jovem", contradizendo a pobre "velha" que deve ser jogada fora. Claro, sugere-se a renovação da sua cozinha, mas em tom agressivo e ofensivo sim, entendemos perfeitamente os valores implícitos ali, ou seja, nenhum, pois traz como pano de fundo a triste realidade do ser humano que dá mais importância a aparência estética do que o que realmente tem valor: a vida! Troque a mulher velha por uma jovem, não importa o quanto a velha te "serviu", agora ela não presta. Em se tratando de panelas, colheres, potes e sei lá mais o que, ótimo, mas sugerir tratar vidas como coisas e vice-versa, é feio demais.
É isso que vamos engolindo massivamente, diariamente, agressivamente durante nossas saídas diárias pelas ruas, desvalorização. Acostumem-se com isso, "eles" querem e nós queremos e, infelizmente, já acostumamos...